Home / Notícias
Crise atinge estrangeiros no Brasil
Postado por Comunicação CRCPE
30/06/2016

Em São Paulo são onze e vinte da manhã. Em Pequim, dez e vinte da noite. Por Skype da capital chinesa, o norte-americano Alex Tabor não parece sentir os efeitos do cansaço após sucessivas rodadas de conversas com investidores daquele país. Com bom humor apesar do horário, o empresário começa a entrevista com um alerta: “Brazil is not for beginners”.

Acostumado com a peregrinação em busca de novas propostas de negócios, Tabor é o atual CEO do Peixe Urbano, lembrado como portal pioneiro em compras coletivas no Brasil. Criado entre os Estados Unidos e a Ásia, Alex está entre os empreendedores que escolheram o Brasil para começar um negócio quando o País era visto pelo mundo como a bola da vez para investimentos.

Em 2010, os elevados índices de consumo atraíram o empresário quando o e-commerce ainda era incipiente por aqui. Acostumado com o modelo de empreendedorismo do Vale do Silício, Tabor enfrenta há quase dois anos a sua primeira recessão econômica como empreendedor. “A China havia puxado o valor das commodities para cima e isso fez com que 2010 fosse um ano muito bom para o Brasil”, relembra.

Mas logo a saturação no consumo veio e, em 2013, o Peixe Urbano deixou de ser uma fonte inesgotável de faturamento. A proposta de compras coletivas foi então reformulada e hoje o negócio tenta retomar o crescimento como um portal de marketing online para empresas. “É um modelo muito mais bem recebido em um momento de dificuldade econômica”, comenta Alex.

A perspectiva da prosperidade também atraiu o alemão Kai Schoppen, investidor anjo que chegou ao Brasil para liderar o site Bransdclub. “Em 2010 o mercado estava crescendo muito e tinha uma carência grande de profissionais com expertise para e-commerce. Cheguei em meio a esse movimento”, lembra o empresário. No mesmo ano, o Brandsclub foi incorporado ao gigante Buscapé e Schoppen partiu para a Infracommerce, empresa que oferece soluções de tecnologia para comércios eletrônicos. “Estava muito fácil para conseguir encontrar capital de risco no Brasil. Hoje preciso falar com 20, 30 fundos para captar investimento”, conta. “Há uma dor de barriga do venture capital com o Brasil. Esse capital de risco praticamente secou”, lamenta Schoppen.

A razão para isso, na concepção do empresário, é o ambiente macroeconômico deteriorado. “O investidor está olhando China, Índia, África do Sul, Vietnã, Cingapura. Nesses países, o e-commerce cresce em média 25% ao ano. Aqui, a previsão é de 10%”, analisa.

Imagem. Vindo de Madri também em 2010, o country manager da empresa de marketing digital zenox, Rodrigo Genoveze, teme que a imagem negativa associada à retração na economia e à instabilidade política afastem ainda mais o empresário ‘gringo’. “O Brasil era aquela potência futura. Era estratégico estar aqui. Agora, o mercado não entende o cenário de corrupção que cresce a cada dia”, comenta. O conglomerado responsável pela zenox desistiu, em 2013, de importar outras três empresas de mídia para o País.

Fonte: PME




Últimas notícias

28/03/2024 - Exame de Suficiência 1º/2024: edital publicado!

27/03/2024 - Câmara aprova projeto que altera a Lei de Falências

27/03/2024 - Conselho aprova FGTS Futuro, que deve ampliar acesso de famílias ao crédito habitacional

27/03/2024 - Receita alerta: Contribuinte tem até o dia 1º de abril para aderir ao programa de Autorregularização Incentivada de Tributos

27/03/2024 - Senado vai analisar projeto que amplia limites de receita bruta para MEI



ENDEREÇOS
Sede:
Rua Carlos Gomes, 481, Prado
CEP: 50720-135, Recife, PE
   
Subsedes e Delegacias
Clique aqui
CONTATOS
(81) 2122-6011
crcpe@crcpe.org.br

 



REDES SOCIAIS