Micro e pequenas, o Refis e o papel dos empresários contábeis

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Postado por Comunicação CRCPE
09/02/2022

Nas últimas semanas, o Refis para Micro e Pequenas Empresas, conhecido como Projeto de Lei 46/2021, foi pauta de inúmeras discussões entre lideranças empresariais, parlamentares e membros do governo. Torna-se fundamental o parcelamento de débitos tributários para essa que é a mais importante camada empresarial do País. Após dois anos de pandemia, é preciso apoio para seguir em atividade e gerar empregos. De acordo com estudos do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas, são 66% das micro e pequenas empresas endividadas e 28% inadimplentes, o que compromete operação e futuro desses negócios. Nesse sentido, o Refis é o remédio mais adequado.

Em tempos de inflação e consumo reprimido, as empresas estão com fluxo de caixa totalmente descompassado. Com isso, o Refis surge como única alternativa efetiva por parte da Receita Federal para evitar a falência de micro e pequenas. Porém, para que a medida tenha sucesso é importante abranger todos os débitos do Simples Nacional, ou seja, na Receita Federal e na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Caso contrário, uma boa fatia de empresas ficará de fora. O prazo de 180 meses (15 anos), com entrada também facilitada em oito parcelas, dá fôlego para diminuir os impactos nos últimos dois anos.

Segundo o levantamento do Sebrae/FGV, aproximadamente 1,8 milhão de empresas já estavam inscritas na dívida ativa da União por débitos do Simples. O total das dívidas chega a expressivos R$ 137,2 bilhões. Não é possível fazer vistas grossas para um dado tão significativo, não só do ponto de vista econômico, mas também social. Afinal, estamos falando de incontáveis postos de trabalho em todo o Brasil.

Embora seja verdade que alguns segmentos da economia se aqueceram em tempos de coronavírus, a maioria foi afetada negativamente. A situação foi agravada devido a falta de capital de giro, a falta de acesso a financiamentos bancários e a burocracia nos órgãos públicos. Isso levou milhares de empresários a encerrar suas atividades. Até mesmo setores de consumo de necessidade básica estão sentido o efeito.

Medidas paliativas foram executadas em nível federal e municipal. Houve alguns movimentos do Governo Federal, como a postergação de algumas DAS, e de prefeituras, como a de Viamão, que concedeu descontos de 70% da dívida. Essas iniciativas deram sobrevida a empresas, entretanto não foram suficientes para diminuir os prejuízos.

Um dos indicadores desse “jogo de xadrez”, no qual as empresas buscam a sobrevivência, é a expressiva adesão ao Simples Nacional. Encerrado o prazo no último dia 31 de janeiro, foram cerca de 600 mil pedidos de ingresso ao regime tributário simplificado. A prorrogação para regularização de débitos, adiado para 31 de março, permitiu um “respiro” e possibilitou ações de cunho político para dirimir o problema.

Mas qual o papel dos empresários contábeis? É diversificar serviços, ouvir e ficar mais próximo de seus clientes, ficar de olho na movimentação do mercado e participar ativamente das entidades representativas. Essas estratégias podem ser adotadas para auxiliar os clientes em meio a um panorama tão distinto e incerto. Em relação à esfera política, os empresários contábeis devem ser ainda mais ouvidos quando a pauta for empreendedorismo.

Já houve avanços, mas os governos federal, estaduais e municipais precisam levar o discurso para a prática. Devem dar mais atenção a desburocratização e a renovação de alvarás (há prefeituras que levam meses), por exemplo. Quanto ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, em tempos de Covid-19, não houve criação de Refis. Esta aí uma pauta para se debater em um ano eleitoral. Nós, empresários contábeis, estamos a postos para ajudar.

Empresário Contábil – Flávio Ribeiro Jr.

Fonte: Jornal do Comércio – RS

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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