BC revela que US$ 2,6 bilhões entraram no país na semana passada
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Postado por Comunicação CRCPE
25/08/2016
O Banco Central informou nesta terça-feira (23) que a entrada de dólares superou a retirada de recursos do Brasil em US$ 2,6 bilhões na semana passada.
Com isso, o movimento parcial de agosto, que registrava retirada líquida de US$ 1,97 bilhão do país até o dia 12 deste mês, “virou” e passou a ficar no campo positivo, com ingresso de US$ 629 milhões até a última sexta-feira (19).
Já no acumulado do ano, a retirada de recursos da economia brasileira supera a entrada em cerca de US$ 8,5 bilhões até a última sexta.
Impacto no dólar
A entrada de dólares na parcial de agosto favoreceria, em tese, a queda da moeda, já que há mais moeda no mercado. No acumulado deste mês, o dólar vem registrando queda.
No fechamento de julho estava em R$ 3,24, recuando para R$ 3,222 nesta terça-feira (23), por volta das 16h30.
O movimento pode estar relacionado com a atuação do Banco Central brasileiro, que vem fazendo intervenções para sustentar as cotações do dólar no decorrer deste mês por meio de swaps reversos – que funcionam como uma compra da moeda no mercado futuro.
Investidores estão ainda à espera, nesta terça-feira, de mais sinais sobre um aumento de juros nos Estados Unidos e do início do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.
Janet Yellen, chefe do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, fará discurso em conferência de bancos centrais em Jackson Hole, nos EUA, na sexta-feira (26).
Segundo a Reuters, investidores buscam pistas sobre quando os juros norte-americanos voltarão a subir. Juros mais altos nos EUA devem atrair para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.
No cenário local, as últimas etapas do processo de impeachment de Dilma monopolizavam as atenções, com o início do julgamento da presidente afastada marcado para quinta-feira (25).
Ainda segundo a Reuters, a expectativa é que o impeachment seja confirmado e operadores acreditam que o fato deve servir de gatilho para a volta de muitos investidores estrangeiros ao país.
“A proximidade do impeachment vai deixar nosso real mais atrativo no curto prazo”, escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.
Fonte: G1
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