Recolhimento de impostos federais nos estados acelera queda em junho

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Postado por Comunicação CRCPE
09/08/2016

 

São Paulo – O recolhimento de impostos federais nos estados intensificou a queda no final do primeiro semestre. Em junho, a receita repassada pelos entes à União caiu 7,7%, em termos reais (com desconto de inflação), somando R$ 98 bilhões.

Em igual mês de 2015, a arrecadação havia recuado 2,6%, mostram dados da Receita Federal do Brasil (RFB), compilados pelo DCI.

Os estados que se destacaram negativamente são do Sudeste, região de onde saem os maiores montantes de contribuição para os cofres do governo federal.

Para os especialistas, não há previsão de melhora na arrecadação oriunda das unidades federativas (UFs). Isso porque nenhum setor econômico do País tem potencial de impulsionar receitas até o final deste ano.

Osmar Visibelli, professor de administração da Universidade Anhembi Morumbi, diz que até a arrecadação estimulada pela atividade exportadora está posta em xeque diante da valorização do real frente ao dólar, ocorrida nos últimos dois meses. Do dia 27 de maio a 8 de agosto, por exemplo, o patamar do dólar comercial foi de R$ 3,61 para R$ 3,17, mostram dados do Banco Central (BC).

Segundo o mais recente Boletim Regional da autoridade monetária, o setor externo foi justamente um dos principais fatores que impulsionaram melhora na atividade econômica do Sudeste e do Norte, ao ajudar na recuperação da produção industrial dessas regiões.

Por outro lado, Visibelli ressalta que pelo fato da exportação brasileira ser muito refém do câmbio, a tendência de um desestímulo no setor ainda neste ano é grande, diante dessa valorização do real.

Números dos estados

A sondagem da arrecadação federal por estado revela ainda que o Imposto de Importação (II) e o Imposto de Renda (IR) registraram as maiores quedas dentre os tributos em junho, em 17,9% e 13,6%, respectivamente, ante igual mês de 2015.

O recuo no II foi reflexo da forte desvalorização do real em relação ao dólar entre o final de 2014 e início de 2016, fator que estimulou a retração dos contratos de importação no período. Em setembro de 2015, o dólar chegou a bater R$ 4,19 (cotação do dia 24).

Dados da Receita mostram ainda que o Espírito Santo foi o estado onde o recolhimento federal mais caiu em junho (-21%), na mesma base de comparação, somando receita de R$ 1,3 bilhão no período.

O Imposto de Importação aparece com a maior retração do mês (-50,0%, para R$ 107 bilhões), seguido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que recuou 49,3%, somando R$ 115 bilhões. O IPI vinculado à importação registrou queda de 58% no mês.

Já o Rio de Janeiro foi a segunda maior diminuição do recolhimento tributário federal (-13,09). A queda mais intensa ocorreu no Imposto Territorial Rural (-46,6%, para R$ 233 mil), seguido do Imposto de Importação (-35,28%, para R$ 218 bilhões). O IPI vinculado à importação também verificou forte recuo no período (-40%, para R$ 92 milhões).

Minas Gerais, por sua vez, observou a terceira maior queda na arrecadação por estado, em 12,3%, totalizando recolhimento no valor de R$ 5 bilhões. O destaque ocorreu na receita do IPI que retraiu 41%, somando R$ 312 bilhões. O IPI vinculado à importação também reduziu 41%, a R$ 34 milhões. Já o Imposto de Importação caiu 32% no mês de junho, para R$ 72 milhões.

Riscos

Os especialistas destacam que, além do risco do desestímulo econômico colocado pela desvalorização do real, a incerteza sobre a recuperação do mercado interno também traz perspectivas ruins para a arrecadação dos tributos federais.

“O mercado interno continua em recessão e a expectativa para o PIB [Produto Interno Bruto] do ano fechado tem viés negativo”, diz o economista Waldir Pereira Gomes, do Conselho Federal de Economia (Cofecon). Visibelli acrescenta que não há a garantia de crescimento econômico em 2017.

“A crise econômica dos últimos dois anos retirou muito a capacidade de investimento do setor privado. No entanto, se conseguirmos estabilidade institucional em 2017, um ingresso de recurso externo pode ocorrer, impulsionando as empresas e a arrecadação”, disse.

Fonte: DCI – SP

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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