Governo usa BNDES por medo de fracasso

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Postado por Comunicação CRCPE
16/02/2016

Por trás da intenção do governo de anunciar a flexibilização das condições de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as concessões em infraestrutura está o medo de que o programa não rode este ano por causa da queda de demanda dos investidores. O discurso público da equipe econômica é de que o programa ganhará impulso no segundo semestre, mas, internamente, a preocupação com o risco de perda do apetite dos investidores é crescente, por causa do agravamento da crise econômica que retarda o crescimento da economia, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A perda do grau de investimento do Brasil por duas agências de classificação de risco – Standard & Poor’s e Fitch – alimenta a preocupação, porque restringe as aplicações de investidores institucionais estrangeiros, como os fundos de pensão. 

Executivos de grandes empresas do setor de concessões, ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo e que não querem ter os nomes divulgados, consideram “mais que bem-vinda a volta do BNDES” ao programa. Na definição de um deles, “temos de ser realistas e admitir que concessões e obras de infraestrutura precisam de financiamento de longo prazo – e não há financiamento de longo prazo, para 15, 20 anos, no Brasil sem o BNDES”.

Para alavancar o programa, o governo contava com o ingresso de investidores estrangeiros na compra de papéis vinculados aos projetos de concessão (como debêntures) para as empresas ganhadoras. “Mas, no atual cenário, as debêntures seriam de curto prazo e não haveria investidor disposto a financiar projetos do zero”, diz outro executivo.

A estratégia de escalar o BNDES como principal fonte de crédito pode até trazer fôlego para o programa de concessões, mas já não é garantia de sucesso. “Hoje, a instabilidade econômica é muito grande”, pondera Claudio Frischtak, presidente da Inter.B, consultoria especializada em infraestrutura. Para Frischtak, o teste será o leilão da Rodovia do Frango, um projeto rentável, mas que exige capital. 

Revisão

Como o jornal O Estado de S. Paulo publicou na edição do domingo, 14, o governo voltou atrás e anunciará, nos próximos dias, que a parcela de recursos a juros baixos fornecida pelo banco a concessionários será ampliada, segundo informaram técnicos envolvidos no programa. 

Atualmente, o banco empresta pelo menos 35% do valor do projeto ao custo da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), fixada em 7,5% ao ano. A expectativa é que essa parcela suba para algo como 60%, bem próxima dos 70% oferecidos na primeira etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL). Essas medidas deverão baratear o crédito, o que tem impacto direto no retorno do investidor.

Desde que o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) terminou, no ano passado, o BNDES, que está com processos de análises praticamente parados, busca dar fôlego novo aos projetos. 

Existe, porém, uma avaliação entre alguns integrantes do governo de que a mudança das regras deve favorecer as “mesmas” empresas que já estavam no jogo das concessões e que se trata de uma “solução fácil”, um recuo nas regras prejudicial ao País. Com dívidas elevadas, elas terão o custo de financiamento reduzido. “Alguém está pagando esse subsídio da TJLP?”, questiona uma fonte contrária.

Os defensores da medida, porém, dizem que não há impacto direto no resultado do governo, não afeta o resultado primário e não seria um retrocesso. No pacote de aumento de crédito, anunciado recentemente pelo governo, linhas do BNDES para capital de giro já aumentaram a parcela corrigida pela TJLP.

FONTE: JC ONLINE

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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