Boleto bancário fica mais prático

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Postado por Comunicação CRCPE
18/10/2016

Pagar boletos bancários vai ficar mais fácil e seguro em 2017. A plataforma, que gera cerca de 3,5 milhões de títulos por ano no País, está sendo atualizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para ser controlada com mais efetividade pelas instituições financeiras. E as vantagens para os consumidores são grandes. Será possível, por exemplo, quitar boletos vencidos em qualquer banco. Ainda serão reduzidos os riscos de fraude e de pagamento em duplicidade.

Diretor de Operações e Negócios da Febraban, Leandro Vilain ressalta que as mudanças são na forma de emissão e recebimento dos boletos. Por isso, nada vai mudar para os consumidores que usam boletos para pagar cartões, condomínios, escolas e planos de saúde, o que representa quase 60% dos títulos de cobrança emitidos no País, segundo o Banco do Brasil. “Uma das nossas preocupações era não mudar o formato do boleto, que hoje tem um código de barras com 44 dígitos; tanto porque o consumidor já está acostumado com este formato, quanto porque manter esta lógica elimina a necessidade de troca nos equipamentos de leitura dos boletos”, explica Vilain, dizendo que, mesmo assim, a mudança já arrancou um dos maiores investimentos da Febraban nesta área.

Vilain explicou que o sistema operante tem 25 anos e precisa ser atualizado para ganhar mais segurança. Para isso, foi criada uma central que vai armazenar e cruzar os dados de todos os boletos emitidos no País. “Hoje, cada banco emite seu boleto e muitos não são registrados. Agora, todos os boletos serão registrados na Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Teremos, então, um registro único de boletos”, detalha o executivo de Soluções de Atacado do Banco do Brasil que acompanha a criação da plataforma na Febraban, Denis Correa. 

Com o cruzamento de dados, os bancos poderão checar até as informações nos boletos emitidos por outras instituições financeiras, o que vai permitir o pagamento de títulos vencidos em qualquer agência, independentemente do emissor da fatura. O pagamento também será registrado. Por isso, caso alguém se confunda e tente pagar uma conta por duas vezes, o sistema vai dar o alerta e evitar pagamento em duplicidade. Se os números do código de barras forem digitados incorretamente, o sistema também vai apontar o erro.

E este processo não vai retardar o pagamento dos boletos, garante a Febraban, que promete um tempo de checagem inferior a um segundo. “Vai se equiparar ao tempo de resposta das transações em cartões de crédito”, garantiu Vilain, contando que o sistema está sendo concluído para entrar em operação no início de 2017. A previsão é de que a Câmara comece a operar em janeiro para já receber boletos em 8 de março. “Vamos começar com os boletos de alto valor, acima de R$ 50 mil. Depois de um mês, baixamos para R$ 20 mil. E assim por diante, para que, em dezembro de 2017, possamos cruzar 100% dos boletos emitidos no Brasil”, ressaltou.

Empresas terão de adotar as mudanças

Apesar de não mudar a for­ma como os consumidores pagam suas contas, a nova plataforma de emissão e checagem de boletos bancários vai exigir mudanças nos estabelecimentos comerciais que emitem as faturas. Afinal, con­domínios, escolas e planos de saúde terão que entregar boletos registrados, com o nome e o CPF dos clientes, para, logo em seguida, enviar esses dados para a Câmara Interbancária de Pagamento. 

“O que muda é que as empresas que fazem emissões de boleto simples, sem registro, terão que migrar para a modalidade de boletos registrados”, explica o executivo do Banco do Brasil, Denis Correa, contando que os não registrados hoje representam 31% dos boletos emitidos no Brasil. “Os emissores terão que informar aos bancos todos os boletos que são colocados na rua. Para isso, é preciso manter os dados cadastrais dos clientes em dia e procurar os bancos parceiros para ajustar os sistemas próprios de emissão de boletos”, orienta o diretor de Operações e Negócios da Febraban, Leandro Vilain, garantindo que os dados dos consumidores estarão seguros na CIP.

A atualização deve, portanto, trazer mais custos às empresas que hoje usam boletos simples. A queixa é da Marvan Administradora de Bens e Condomínios, que já vem trabalhando para se adaptar à nova plataforma no Recife. “Teremos muitas vantagens, mas também mais custos. Hoje, o banco cobra R$ 4 para o processamento do boleto; mas, para validá-lo e registrá-lo, será preciso pagar mais R$ 10 por cada boleto”, explica o gerente administrativo da Marvan, Rogério Camello Filho, dizendo que o custo vai impactar as contas dos condomínios e, portanto, deve ser repassado aos moradores. 

Camello reconhece, porém, que o investimento trará grandes retornos. Com a atualização dos dados cadastrais e o controle do pagamento dos boletos será possível, por exemplo, combater a inadimplência com mais eficácia. “Poderemos rastrear os pagamentos e, assim, realizar eventuais cobranças”, diz o gerente da Marvan.

Fonte: Folha PE

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Contador e auditor tributário aposentado do Estado de Pernambuco. Mestre em Gestão para o Desenvolvimento do Nordeste, é professor assistente da UFPE, com especializações em Administração Financeira, Auditoria Pública e Gestão para o Desenvolvimento. Atua como consultor, perito e palestrante nas áreas de contabilidade pública e gestão fiscal, sendo reconhecido pela sólida contribuição ao fortalecimento das finanças públicas no Brasil.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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