Queda na renda obriga famílias a reduzir dúvidas

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Postado por Comunicação CRCPE
18/10/2016

Desde o início da crise econômica a massa total de rendimentos das famílias encolheu R$ 4,39 bilhões, levando os brasileiros a um forte processo de desalavancagem.

De dezembro de 2013 a junho deste ano, o percentual de famílias endividadas caiu de 62% para 58%, passando de 9,466 milhões para 9,062 milhões, em números absolutos.

Os dados são da sexta edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com a FecomercioSP, as grandes turbulências nos quadros político e econômico vividas pelo Brasil a partir de 2014 impactaram de maneira expressiva as famílias, ao deteriorar as condições de renda e emprego.

Esses fatores, juntamente com a queda no grau de confiança dos consumidores, explicam o ciclo recessivo do consumo, que ainda prevalece corroendo as vendas do comércio em todo o País, além da retração das operações de crédito.

Desde dezembro de 2013, o volume total de dívidas das famílias brasileiras encolheu de R$ 15,2 bilhões para R$ 14,2 bilhões.

O valor médio das dívidas por família diminuiu de R$ 1.611 para R$ 1.596. Entretanto, como a massa de rendimentos também recuou, a parcela da renda comprometida com o pagamento desses encargos subiu de 30% para 31%.

No âmbito da inadimplência, a menor procura por empréstimos, ao lado da maior preocupação com a administração mais rígida do orçamento doméstico, levou a uma trajetória de relativa estabilidade nos atrasos na quitação dos empréstimos.

Essa proporção, que era de 21% em 2013, caiu para 18% no final de 2014 e cresceu para 23% em 2015 e permaneceu neste nível em junho deste ano.

Embora as famílias tenham reduzido em 11,2% o volume de empréstimos, os custos subiram bastante no período, com um aumento real no pagamento de juros de 6,3%.

A taxa média cobrada passou de 18,9% para 24,1%. Em números absolutos, o total de juros pagos foi de R$ 158,9 bilhões para R$ 174,4 bilhões.

Segundo os economistas da FecomercioSP, essas constatações deixam clara a importância da política monetária sobre o dia a dia e sobre a capacidade de consumo da população, pois a taxa de juros representa um elemento relevante no total do orçamento doméstico.

“Isso realça também a importância de uma economia com suas contas públicas ajustadas, pois no final a prática de altos juros nada mais é do que a necessidade de se utilizar uma política monetária restritiva, na ausência de política fiscal adequada, visando evitar o descontrole de algumas variáveis macroeconômicas importantes, principalmente da inflação”, diz a entidade.

CAPITAIS

Curitiba (PR) permaneceu sendo, em junho de 2016, a capital com o maior percentual de famílias endividadas (86%). Na sequência aparecem Florianópolis (SC), com 85%, Boa Vista (RR), com 82%, Brasília (DF), com 78%, e Natal (RN), com 76%. As capitais menos endividadas são Goiânia (GO), com 34%, e Belo Horizonte (MG), com 38%.

Em relação às operações de crédito no País, a região Sudeste abriga 42,2% das famílias brasileiras e concentra 46,6% do volume de crédito nacional.

Na capital de São Paulo, que naturalmente detém o maior volume dedívidas, em decorrência de ter a maior população do País, o montante de famílias endividadas em junho de 2016 foi de 49%.

Isso significa 1,890 milhão de famílias com dívidas, que em média são de R$ 1.799. Esse valor mostra que 29% da parcela da renda mensal dessas famílias está comprometida.

Fonte: Contábeis

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Joaquim Liberalquino

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Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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