Pagamentos digitais facilitam a operação de pequenos negócios

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Postado por Comunicação CRCPE
20/05/2021

Crédito ou débito? Essa é uma pergunta que, daqui a alguns anos, deve ficar para trás. Novas tecnologias de pagamento estão cada vez mais acessíveis aos pequenos negócios e aos consumidores.

A expansão desses serviços se deve, sobretudo, ao crescimento do ecommerce na pandemia. E também à proliferação das fintechs, startups focadas em serviços financeiros, que adotam uma política agressiva para conquistar os empreendedores, reduzindo ou até zerando taxas.

Desde novembro, Valdirene Andrade, 46, franqueada do Sterna Café, exibe ao lado do caixa um minitablet. Na telinha, os clientes escolhem se vão pagar por Pix ou algum aplicativo de pagamento, as chamadas carteiras digitais –15 são aceitas, entre eles PagBank, PicPay, Mercado Pago e Ame.

A loja, no entanto, tem um único contrato: é cliente da plataforma Shipay, que integra todos os sistemas. “Facilitou muito meu fechamento de caixa. Quando recebo por cartão, preciso lançar os pagamentos manualmente no fim do dia. A plataforma alimenta meu sistema automaticamente”, afirma.

Segundo a empresária, a opção pelo novo meio de pagamento tem crescido 15% ao mês entre a clientela. “Vários consumidores perguntaram como funciona e resolveram se cadastrar em alguma carteira digital”, diz.

No ecommerce da rede de franquias Sestini, a novidade é o VirtusPay. Desde o começo de abril, clientes que não têm cartão de crédito, ou não dispõem de limite suficiente, podem parcelar a compra no boleto em até 15 vezes.

O pagamento integral, descontada a taxa de 3%, cai instantaneamente na conta da loja. Até o momento, cerca de 3% dos fregueses optaram pelo sistema. “São clientes novos, que não compravam antes por alguma razão”, diz Regina Schneidewind, 40, diretora-executiva da rede.

Mas novas tecnologias de pagamento ainda assustam uma parcela dos empreendedores. “O tempo de atuação de uma instituição financeira conta pontos para sua reputação, mas não é preciso desconfiar de bancos digitais novos”, afirma Inge Ommundsen Neto, consultor do Sebrae-SP. “O Fundo Garantidor de Créditos protege o cliente, parcialmente ou integralmente, caso o banco venha a quebrar.”

Para quem está dando os primeiros passos, passar a aceitar o Pix é um bom começo. Disponível para empreendedores de qualquer porte, inclusive MEIs, o sistema financeiro criado pelo Banco Central permite a realização de transferências instantâneas durante 24 horas por dia, sete dias por semana.

Bancos e carteiras digitais têm autorização para cobrar taxas de pessoas jurídicas pelo uso do Pix, mas, em razão da concorrência, muitas instituições têm aplicado tarifas reduzidas ou até mesmo isentado as empresas da cobrança.

Dos 11,6 milhões de microempreendedores individuais cadastrados no Brasil, 69,4% já tinham uma chave Pix em março, segundo dados do BC.

Outra tecnologia que promete agitar o mercado é o WhatsApp Pay. A ferramenta está disponível desde 4 de maio, mas só para transações entre pessoas físicas.

O pagamento a empresas ainda não foi aprovado pelo Banco Central. O WhatsApp, que prevê uma taxa de 3,99% por
transação, afirma que continua trabalhando com o BC para disponibilizar o serviço.

Para Marcelo Martins, diretor-executivo da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), os pequenos negócios só têm a ganhar com a adesão a novos meios de pagamento. “Esse público sempre foi mal atendido pelas instituições financeiras tradicionais, que oferecem baixo limite de crédito e altas taxas de juros. As fintechs e bancos digitais, ao contrário, fazem cadastros sem burocracia nem taxas.”

Leandro Vilain, diretor-executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), afirma que o setor tradicional não concorre com as fintechs em igualdade de condições. “Carteiras digitais recebem depósitos e aplicam dinheiro, mas não estão sujeitas às mesmas obrigações regulatórias que os bancos”, diz.
“Muitas fintechs já viraram conglomerados financeiros e continuam recebendo tratamento especial, como se fossem empresas de garagem.”

Ainda assim, Vilain diz que a competição é positiva para o setor. “Quanto mais ofertas tem o cliente, melhor. A sugestão é que ele compare preços e condições e escolha a melhor opção.”

Fonte: Folha de Pernambuco: 

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Roberto Nascimento

Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Toinho Mendes

Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Joaquim Liberalquino

Contador e auditor tributário aposentado do Estado de Pernambuco. Mestre em Gestão para o Desenvolvimento do Nordeste, é professor assistente da UFPE, com especializações em Administração Financeira, Auditoria Pública e Gestão para o Desenvolvimento. Atua como consultor, perito e palestrante nas áreas de contabilidade pública e gestão fiscal, sendo reconhecido pela sólida contribuição ao fortalecimento das finanças públicas no Brasil.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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