MPEs que não investirão no médio prazo chegam a 70%

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Postado por Comunicação CRCPE
22/09/2016

A intenção de fazer investimentos por parte dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços (MPEs) subiu pelo segundo mês consecutivo, passando de 24,20 pontos em julho para 28,08 pontos em agosto. Apesar da alta mensal de 3,88 pontos, o resultado ainda está abaixo do pico da série histórica (32,06 em maio de 2015). Quanto mais próximo de 100, maior a propensão de investir; quanto mais próximo de zero, menor a propensão. Em termos percentuais, 69,9% dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços não pretendem investir nos próximos três meses, segundo dados do Indicador de Propensão a Investir do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgados ontem.

A elevada proporção tem como principal causa a falta de confiança dos MPEs diante da crise (43,1%). Outros 38,1% dizem não ver necessidade de investir e 14,1% afirmam ter feito investimentos recentes. “Além do impacto da crise econômica, o aumento do custo do capital torna os empresários mais cautelosos para expandir seus negócios com investimentos”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

Entre a parcela minoritária que pretende investir nos próximos 90 dias (21,7%), os investimentos prioritários serão a compra de equipamentos, maquinário e computadores (32,2%), o investimento em mídia e propaganda (28,2%), a ampliação de estoques (27,6%) e a reforma da empresa (24,7%). Entre esses empresários, 58,6% relatam que o objetivo dos investimentos é aumentar as vendas e, para 53,4% a principal fonte de recursos será o capital próprio, retirado da poupança e de investimentos financeiros e/ou da venda de algum bem (20,7%).

Justificativas
As entidades também investigaram a baixa procura por crédito dos MPEs. Em agosto, o indicador registrou um pequeno avanço na comparação com o mês anterior, passando de 10,78 para 15,47 pontos. Na comparação com agosto de 2015, quando marcara 13,85 pontos, o indicador ficou praticamente estável. De acordo com o levantamento, apenas 7,6% dos MPEs possuem a intenção de contrair crédito para seus negócios no horizonte de 90 dias. Em sentido inverso, 82,2% declararam não ter essa intenção. Quando indagados sobre a negativa, 36,2% desses empresários disseram que conseguem manter suas empresas com recursos próprios, sendo desnecessário buscar outras fontes e 32,1% alegaram que não pretendem contratar recursos de terceiros agora por estarem inseguros com as condições econômicas do País.
Para os que avaliam estar difícil tomar crédito no mercado (35,5%), o excesso de burocracia é a razão mais citada para a dificuldade (44,7%), seguida pelas taxas de juros consideradas elevadas (29,6%). Já para os que consideram ser fácil contratar crédito (20,0%), o bom relacionamento com o banco é a principal razão, citada por 30,6%. Estar com a documentação em dia (18,1%) também é um fator que ajuda. Para mais de um terço dos entrevistados (30,8%), a modalidade de crédito mais difícil de ser contratada é o empréstimo em instituições financeiras. Os financiamentos nessas instituições são citados por 17,0% e o crédito junto a fornecedores foi citado por 13,4%.

Receio
Para o presidente da CNDL, empresário cearense Honório Pinheiro, a retomada da economia poderá aumentar o apetite dos micro e pequenos empresários por investimento, mas o cenário ainda é de receio. “Por ora, o quadro é de arrefecimento da piora das condições econômicas”, alerta Pinheiro. “Alguns indicadores macroeconômicos já dão mostras de que a pior fase da crise pode ter ficado para trás, mas a plena recuperação das condições ainda será lenta e gradual”, analisa. Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário calculados pelo SPC Brasil e pela CNDL levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.

Fonte: O Estado

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Roberto Nascimento

Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Toinho Mendes

Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Emanuela de Paula

Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Joaquim Liberalquino

Contador e auditor tributário aposentado do Estado de Pernambuco. Mestre em Gestão para o Desenvolvimento do Nordeste, é professor assistente da UFPE, com especializações em Administração Financeira, Auditoria Pública e Gestão para o Desenvolvimento. Atua como consultor, perito e palestrante nas áreas de contabilidade pública e gestão fiscal, sendo reconhecido pela sólida contribuição ao fortalecimento das finanças públicas no Brasil.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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