Arrecadação com royalties do petróleo cai 25% em 2015

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Postado por Comunicação CRCPE
14/01/2016

O pagamento de royalties sobre produção de petróleo para a União, estados e municípios somou R$ 13,857 bilhões em 2015, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A arrecadação representa uma
queda de 25% na comparação com 2014, quando a receita total foi de R$ 18,530 bilhões. Royalties são os valores em dinheiro pagos pelas empresas aos governos dos locais produtores (municípios, estados e União) para ter direito à
exploração do petróleo.

O valor também é o menor desde 2011, quando União, estados e municípios receberam R$ 12,987 bilhões a título de compensação pela exploração de petróleo.

O encolhimento do valor pago em royalties ao Poder Público ocorre em meio ao colapso dos preços do petróleo, que acumularam em 2015 queda de 35%, atingindo mínimas de quase 12 anos.

A perda de receita com royalties contribuiu para o agravamento da crise financeiras de estados e municípios. Somente o estado do Rio de Janeiro deixou de ver entrar em seu caixa em 2015 uma quantia de cerca de R$ 900 milhões,
acumulando uma arrecadação de R$ 2,308 bilhões em royalties no ano passado ante R$ 3,213 bilhões em 2014.

O governo do Espírito Santo viu sua receita com o pagamento cair de R$ 837 milhões em 2014 para R$ 624 milhões em 2015. Na Bahia, o recuo foi de R$ 260 milhões para R$ 176 milhões. Já em Sergipe, a arrecadação caiu de R$ 166 milhões
para R$ 97 milhões, segundo os dados consolidados nesta semana pela ANP.

Na contramão do movimento, o estado de São Paulo viu sua arrecadação com royalties subir 12%, passando de R$ 361 milhões em 2014 para R$ 405 milhões em 2015, beneficiado pelo crescimento da produção nos campos de pré-sal localizados na
costa do estado.

Produção cresceu em 2015

Os números fechados da produção de petróleo em 2015 ainda não foram consolidados pela ANP, mas o país bateu recordes seguidos de produção no ano passado.

A Petrobras anunciou nesta semana que atingiu uma produção média de 2,128 milhões de barris de petróleo diários no país em 2015, o que “representa o recorde anual histórico de produção de óleo da companhia, superando o recorde
alcançado em 2014″.

Ou seja, a queda da arrecadação com royalties em 2015 está muito mais relacionada ao preço da commodity no mercado internacional do que com o nível de produção no país.

“A arrecadação com royalties só não foi pior porque o real se desvalorizou muito em relação ao dólar e porque a Petrobras conseguiu aumentar a produção”, afirma Adriano Pires, sócio-diretor do CBIE (Centro Brasileiro de
Infraestrutura), lembrando que a moeda dos EUA acumulou alta de 48% sobre o real em 2015.

Perspectivas para 2016

Para ele, a perspectiva para 2016 é de uma nova queda na arrecadação de royalties. “Vai ser pior por dois motivos: porque o petróleo deve ficar ainda mais barato do que em 2015 e porque a produção da Petrobras não vai crescer
praticamente nada”, avalia Pires.

Na revisão do seu plano de negócios, a Petrobras reduziu a projeção de produção de petróleo no Brasil de 2,185 milhões de barris por dia em 2016 para 2,145 milhões. A estatal passou a considerar um preço médio para o petróleo Brent de
US$ 45 em 2016, ante projeção anterior de US$ 55.

A CBIE e outras consultorias projetam, por sua vez, o barril a um preço médio abaixo de US$ 40. Na última quarta-feira (13), o Brent caiu abaixo de US$ 30 pela primeira vez desde 2004.

Pires lembra, porém, que estados e municípios têm manifestado cada vez mais preocupação com a queda da arredação e que está em discussão na ANP uma proposta para alterar o cálculo dos royalties do petróleo de forma a reduzir o desconto
dos preços de referência para os petróleos mais pesados. Pelos cálculos da CBIE, o valor pago pelos maiores campos do país poderia subir cerca de 7%.

FONTE: G1

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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