Fundos de desenvolvimento terão juros menores e vão ampliar rombo fiscal

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Postado por Comunicação CRCPE
15/03/2016

Em mais uma medida para estimular o crédito e conseguir apoio em meio à crise política, o governo Dilma Rousseff autorizou a redução das taxas de juros e encargos financeiros das operações de financiamento feitas com recursos dos fundos constitucionais do Nordeste

(FNE), Centro­Oeste (FCO) e Norte (FNO). A decisão atende pressão de grupos empresariais e políticos tanto da base aliada como da oposição. Mas terá impacto negativo de R$ 1,8 bilhão nas contas públicas, na contramão da estratégia vendida pela equipe econômica de mostrar compromisso com o equilíbrio fiscal.

A mudança nos fundos cujas taxas tinham sido aumentadas em dezembro, na gestão do ministro Joaquim Levy é mais uma medida que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, leva adiante para atender demandas políticas, principalmente vindas do PT, que defende uma mudança da política econômica com aumento do crédito e queda dos juros. Nos últimos dias, a equipe econômica autorizou redução dos juros dos empréstimos do BNDES, flexibilização das regras da Caixa para a compra da casa própria e prepara um pacote de socorro aos Estados. O governo também vai adiar o envio da proposta de reforma da Previdência, que enfrenta forte resistências.

As taxas de juros caíram, em média, entre 2,5 e 3 pontos porcentuais, variando de 8,5% a 15,5% ao ano, a depender do tipo de operação: investimento, capital de giro e projetos de ciência, tecnologia e inovação. As taxas incluem um bônus de redução dos encargos que é dado às empresas adimplentes. Os juros, no entanto, são maiores que os que vigoravam em 2015. 

Os fundos constitucionais foram criados em 1989 com o objetivo declarado de “reduzir as desigualdades regionais e estimular o investimento em regiões mais carentes”. São formados com 3% da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto Renda (IR). Os novos juros valem até 31 de dezembro.

Austeridade. O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Esteves Colnago, rechaçou avaliação de que a queda das taxas representa uma “guinada” no sentido de uma menor austeridade fiscal. A estratégia do governo para garantir o crescimento, informou, é
buscar medidas que estabilizem a economia, sem que haja necessidade de novos aportes de recursos federais.

“O que estamos vendo é que a economia está caindo numa velocidade considerável”, disse. “É preciso que a economia volte a crescer para fazer o superávit e aumentar os tributos, emprego e renda.”

Pelos cálculos do Ministério da Fazenda, a mudança terá impacto de R$ 267,6 milhões no resultado fiscal nas contas do governo em 2016. E de R$ 1,8 bilhão ao longo dos próximos anos. Um dos autores de um projeto para derrubar as taxas dos fundos constitucionais, o senador Ricardo Ferraço (PSDB­ES) disse que a decisão do Conselho Monetários Nacional de reduzir os juros é reflexo da votação, dois dias antes, da sua proposta. Segundo ele, ninguém da área econômica do governo procurou os senadores para discutir as mudanças durante a votação. Essa falta de contato com a base aliada foi notado pela cúpula do PMDB do Senado.

“Em momento algum nós recebemos qualquer sinal do governo para qualquer diálogo. O projeto tem esse pressuposto, impedir equívocos que sejam cometidos”, disse o tucano. “Foi a ação política do Senado que fez o CMN se reunir emergencialmente para repensar decisão.”

Fonte: O Estadão

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Contador e auditor tributário aposentado do Estado de Pernambuco. Mestre em Gestão para o Desenvolvimento do Nordeste, é professor assistente da UFPE, com especializações em Administração Financeira, Auditoria Pública e Gestão para o Desenvolvimento. Atua como consultor, perito e palestrante nas áreas de contabilidade pública e gestão fiscal, sendo reconhecido pela sólida contribuição ao fortalecimento das finanças públicas no Brasil.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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