Reforma tributária: em audiência pública, CNC reforça necessidade de compensação fiscal para sobrevivência das empresas

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Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal debate Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais e desenvolvimento regional

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) participou, nesta terça-feira (10), de uma audiência pública no Senado Federal para discutir o Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais (FCBF) e o novo modelo de desenvolvimento regional, proposto pela reforma tributária.

Representando o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o consultor tributário da CNC, Gilberto Alvarenga, destacou a importância de medidas que garantam a sobrevivência das empresas durante o período de transição do novo regime tributário.

Durante sua fala, Alvarenga ressaltou que os benefícios fiscais têm sido uma ferramenta essencial para a promoção do desenvolvimento regional. Ele observou que muitas empresas foram incentivadas a se instalar em regiões menos desenvolvidas graças a esses benefícios.

“Essa transição é o ponto mais importante da reforma tributária. As empresas precisam sobreviver até 2033. Estamos aqui falando da sobrevivência das empresas. Quem sustenta toda a estrutura são as empresas, quer seja da indústria, do comércio, da agricultura, do turismo ou de qualquer outro setor”, afirmou.

Para o consultor, a criação do Fundo de Compensação é uma medida vital para manter empresas em regiões economicamente menos favorecidas, evitando que elas migrem para centros urbanos mais estruturados.

“O fundo regional ganha suma importância para fomentar o empresário que investiu em determinadas regiões do Brasil. É injusto que ele precise sair de lá por falta de condições de continuar operando”, completou.

Riscos da falta de compensação

Alvarenga também alertou para os desafios enfrentados pelo setor empresarial, caso não haja uma recomposição adequada dos benefícios fiscais.

“Se faltar recurso para os fundos, a União deve recompor. Mas o histórico de brigas entre estados e União por fundos de exportação nos mostra que o empresário pode acabar no meio de uma disputa, o que prejudicará sua atividade”, disse. Ele sugeriu mecanismos que garantam soluções alternativas para evitar que estados fiquem sem recursos, caso a União não cumpra sua parte.

Proteção ao mercado interno e competitividade
O consultor destacou ainda a necessidade de proteger o mercado interno contra a entrada de produtos estrangeiros que competem de maneira desleal com a indústria e o comércio nacionais.

“Nosso maior inimigo não está entre nós. É a entrada de produtos de outros países que afeta a indústria e o comércio locais. Sem pensar em proteção ao mercado interno, o ponto de comércio pode se deslocar para fora do País”, explicou.

A CNC defende que a regulamentação do Fundo de Compensação seja clara e objetiva para evitar litígios futuros e garantir segurança jurídica aos empresários. A entidade também reforçou que a reforma deve levar em consideração os investimentos já realizados por empresas em regiões remotas, sob pena de desestimular o desenvolvimento regional do País.

Alvarenga também agradeceu ao senador Laércio Oliveira (PP-SE) pela proposição de emendas que beneficiam o setor de comércio, turismo e serviços, como a Emenda 776, voltada para o setor hoteleiro, e a Emenda 632, que impacta restaurantes e estabelecimentos em Brasília.

“Essas emendas foram muito importantes para sensibilizar a CCJ em relação ao relatório final da reforma”, concluiu.

Fonte: Portal do Comércio | CNC – Sesc – Senac

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Roberto Nascimento

Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Toinho Mendes

Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Emanuela de Paula

Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Lieda Amaral de Souza

Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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João Eudes

Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Joaquim Liberalquino

Contador e auditor tributário aposentado do Estado de Pernambuco. Mestre em Gestão para o Desenvolvimento do Nordeste, é professor assistente da UFPE, com especializações em Administração Financeira, Auditoria Pública e Gestão para o Desenvolvimento. Atua como consultor, perito e palestrante nas áreas de contabilidade pública e gestão fiscal, sendo reconhecido pela sólida contribuição ao fortalecimento das finanças públicas no Brasil.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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