10,7% dos brasileiros em idade de trabalho estão fora do mercado

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Postado por Comunicação CRCPE
13/10/2016

Quase 18 milhões de pessoas estão fora do mercado, mas poderiam começar a trabalhar. Isso equivale a 10,7% do contingente total de 166,3 milhões de pessoas em idade de trabalho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior percentual da série, que teve início em 2012.

O número leva em conta pessoas que procuraram vagas (11,6 milhões) e a chamada força de trabalho potencial (6,2 milhões): gente que buscou, mas não podia assumir um posto no momento, ou que não procurou, mas podia começar a trabalhar imediatamente.

No segundo trimestre do ano, 16,4% das pessoas em idade de trabalho tinham o potencial de entrar para a força ativa.

No mesmo período, a força de trabalho existente no país somava 102,4 milhões de pessoas. Desse total, 90,8 milhões estavam empregadas.
Os dados fazem parte de um novo conjunto de indicadores sobre estatísticas de trabalho resultantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A  mudança tem como objetivo seguir recomendações internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Saiba Mais

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Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, os novos indicadores da PNAD contínua ajuda a ter uma visão mais ampla da demanda que se tem por trabalho no país. “A gente sabe que isso vai além da desocupação, que era o único indicador divulgado”, disse.

Para ele, os novos indicadores podem contribuir para a construção de novas políticas públicas que ampliem a oferta de trabalho no país para a população que desejar completar a jornada de trabalho.

Insuficiência de horas

De acordo com o IBGE, dentro dos 90,8 milhões de pessoas ocupadas, há um grupo considerado “subocupados por insuficiência de horas trabalhadas” – são pessoas que estão ocupadas, mas têm uma jornada menor do que 40 horas semanais. Essa fatia chegou a 4,8 milhões de pessoas no segundo trimestre.
Dessa forma, a soma de desocupados com subocupados por insuficiência de horas totalizava 16,4 milhões de pessoas, ou 9,9% do contingente total de pessoas em idade de trabalhar. No segundo trimestre deste ano, a taxa combinada da subocupação por insuficiência de horas e da desocupação chegou a 16%.

Trabalhadores subutilizados

No segundo trimestre, do total de pessoas em idade de trabalhar, 13,6% ou 22,7 milhões, faziam parte os desocupadas, os subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e os que integram a força de trabalho potencial (que não estão procurando emprego).

Segundo Cimar Azeredo, do IBGE, quando se fala na subutilização da força potencial, é possível considerar que “falta trabalho (não emprego) para 22,7 milhões de pessoas no país”.

Assim, a taxa resultante da subutilização da força de trabalho (que agrega a taxa de desocupação, taxa de desocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial) chegou a 20,9%.

Horas trabalhadas

Segundo o novo conjunto de indicadores, a jornada média semanal de horas trabalhadas ficou em 39,1 horas. Do total de ocupados, 52,5% trabalhavam entre 40 e 44 horas.

Conta própria

No segundo trimestre de 2016, o Brasil contava com 7,5 milhões de trabalhadores por conta própria ou empregadores que possuíam CNPJ. Isso representa 4,4 milhões ou 19,3% dos  22,9 milhões de trabalhadores por conta própria e 3,1 milhões ou 84,2% dos 3,7 milhões de empregadores.

Características

O IBGE também divulgou que, do total de pessoas ocupadas no período da pesquisa, cerca de 70% trabalhavam no mesmo local há pelo menos dois anos. De acordo com o IBGE, esse percentual cresceu “de forma significativa em relação ao 2º trimestre de 2012”.

“O movimento de alta desta estimativa coincide com início da atual crise econômica que o país atravessa, o que leva a concluir que o aumento da participação de trabalhadores com dois anos ou mais de permanência no trabalho pode ter se dado em função da não entrada de novos trabalhadores no mercado de trabalho.”

Quanto ao tipo de contratação, 88% dos trabalhadores eram contratados por tempo indeterminado.

No segundo trimestre, 73,2% dos 6,2 milhões dos domésticos trabalhavam em apenas um domicílio.

Desemprego no 2º trimestre

De acordo com a pesquisa do IBGE referente ao segundo trimestre deste ano, o desemprego subiu para 11,3%. A taxa foi a maior já registrada pela série histórica da Pnad Contínua, que teve início em janeiro de 2012.
No trimestre encerrado em março, o índice de desemprego foi de 10,9% e no período de abril a junho de 2015, de 8,3%. No trimestre de março a maio, a taxa bateu 11,2%.

A população desocupada cresceu 4,5% em relação ao primeiro trimestre e chegou a 11,6 milhões de pessoas. Já na comparação com o 2º trimestre de 2015, o aumento foi de 38,7%.

Por outro lado, a população ocupada somou 90,8 milhões de pessoas e mostrou estabilidade em relação ao 1º trimestre e queda de 1,5% sobre o período de abril a junho de 2015.

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Silvio Meira

É engenheiro eletrônico (ITA), mestre e doutor em Ciência da Computação. Professor Emérito do CIn-UFPE, foi peça-chave na criação do doutorado em computação da instituição e na formação de mais de 1400 pós-graduados. Fundador do CESAR e do Porto Digital, atua como presidente do conselho de administração do parque tecnológico. À frente da TDS Company, promove inovação e transformação digital em negócios. Reconhecido entre os 20 nomes mais influentes do Brasil em inovação pelo Prêmio iBest 2023.

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Eduardo Amorim

Contador, Especialista em Direito Tributário pela UFPE, Mestre em Gestão Pública pela UFPE; Auditor Fiscal do Estado de Pernambuco; Perito Contador do TATE; Professor Universitário; Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCPE; membro da Academia Pernambucana de Contabilidade.

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Ana Luiza Leite

Julgadora Tributário do Tribunal Administrativo Tributário de Pernambuco/TATE, Mestranda em Estado e Regulação pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE, Pós-graduada em Direito Administrativo pela Universidade Anhaguera (UNIDERPI), Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

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Fabio Lima

Graduado em Ciências Contábeis, Direito e Administração de Empresas. Trabalhou na PricewaterhouseCoopers Brasil Auditores Independentes entre 1997 e 2004. Atualmente sócio do escritório Ivo Barboza & Advogados, Vice Presidente de Fiscalização e Ética e Disciplina do CRC/PE e Diretor Jurídico do SESCAP.

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Graduado em Ciências Contábeis, Direito, e em Teologia. Pós-graduado em Administração Financeira e em Direito Tributário. É vogal titular da Junta Comercial de Pernambuco (2023-2026). Sócio administrador da empresa RN2 Contabilidade, atuando como consultor de empresas nas áreas contábil, tributária, financeira, trabalhista e de gestão empresarial, bem como perito contábil e assistente técnico em perícias judiciais e extrajudiciais. Atualmente é presidente do Conselho Regional de Contabilidade em Pernambuco.

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Poeta, professor, escritor e repentista pernambucano que combina arte, educação e tradição oral em sua obra. Com sólida atuação em sala de aula, ele inspira alunos e público ao valorizar a cultura regional por meio da poesia improvisada, repentismo e textos autorais. Sua escrita reflete a riqueza do sertão, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o saber popular em múltiplas frentes. Executa ações de planejamento, gestão e operacionalidade de projetos educacionais e sociais por meio do desenvolvimento de ideias e incremento do uso de tecnologias de aprendizado.

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Graduação em Ciências Contábeis na FBV; Mestrado em Ciências Contábeis na UFPE; Doutoranda da FUCAPE; Professora da Pós-Graduação da BSSP; Instrutora do Conselho Regional de Contabilidade e SESCAP; Sócia de Escritório de Contabilidade NUMA - Soluções Contábeis Ltda; Sócia da Empresa Manu de Paula – Auditoria e terceirizações.

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Auditora Fiscal da Receita Federal de 06/93 a 11/24. Membro Comissão Reforma Tributária do CFC. Coordenadora da Comissão da Mulher CRCRN. Coordenadora de MBA Recuperação de Créditos e Revisão Tributária e Co-coordenadora da Especialização em Reforma Tributária da BSSP Pós Graduação. Sócia da BSSP Consulting. Diretora Acadêmica da Faculdade de Gestão BSSP.

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Doutor em Ciências Contábeis pela FUCAPE, Mestre em Ciências Contábeis pela USP-SP, Pós-graduação lato senso em Contabilidade e Controladoria Governamental pela UFPE, graduação em Ciências Contábeis pela UFPE, graduação em Engenharia Mecânica pela UPE. Auditor de Controle Externo do TCE-PE, Professor Assistente da FUCAPE Business School - ES. Autor de artigos e livros de Contabilidade, Orçamento e Custos no Setor Público.

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Mario Sergio Cortella

Nascido em Londrina, no estado do Paraná no Brasil, filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na qual atuou por 35 anos, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião; é professor convidado da Fundação Dom Cabral e foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Comentarista de rádio e televisão, tem presença expressiva nas redes sociais, com mais de 24 milhões de seguidores, é autor de 54 livros com edições no Brasil e no exterior.

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Mariane Bigio

É uma entusiasta da palavra. Nasceu pernambucana do Recife, e se tornou Escritora, Contadora de Histórias, Cantora, Compositora e Radialista. Ministra Oficinas de Literatura para crianças, jovens e educadores. Celebra casamentos com poesia e apresenta eventos corporativos e festivais de arte como MC.

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